Neste mês de Setembro, em que se celebra a prevenção ao suicídio, através da campanha “Setembro Amarelo, a Revista Entre Aspas incorpora a cor amarela na sua identidade visual, como forma de se solidarizar com todos aqueles que não resistiram a este fenómeno.
Desde esta quarta-feira, há uma semana da celebração da data – a 10 de Setembro – a comunicação visual da Entre Aspas é diferente, sobretudo nas redes sociais, as imagens de perfil e das capas ostentam a cor amarela e diversos dizeres que condizem com a campanha estarão em diferentes materiais que forem criados.
Enquanto um órgão de informação que tem o lifestyle e o bem-estar como um dos segmentos, era oportuno que optasse por uma imagem que condiz com o fenómeno, pelo menos neste mês, ainda que esta luta seja de todos os dias.
Aliás, para além da vertente visual, Entre Aspas, durante este mês, irá dedicar artigos e reportagens sobre o ‘Setembro Amarelo’, como forma de participar activamente neste movimento mundial que visa consciencializar as pessoas sobre o problema.
“O nosso jornalismo não é só de promoções e propagandas, mas também de reflexão e partilha de ideias, portanto, nada mais útil, enquanto um órgão de comunicação, que neste mesmo de Setembro estarmos a apelar para que o suicídio não faça parte das soluções das pessoas, ainda que não parece haver outras alternativas”, referiu Elcídio Bila, director da Entre Aspas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de mil milhões de pessoas vivem com perturbações mentais, como ansiedade e depressão, alertando que o investimento médio nesta área representa apenas 2% dos orçamentos nacionais da saúde.
O suicídio continua a ser uma consequência devastadora, ceifando cerca de 727 mil vidas só em 2021 e é uma das principais causas de morte entre os jovens de todos os países e contextos socioeconómicos, de acordo com os relatórios.
Apesar dos esforços globais, o progresso na redução da mortalidade por suicídio é insuficiente para atingir os objectivos das Nações Unidas, que prevê uma redução de um terço nas taxas de suicídio até 2030, mas, com a trajectória actual apenas será atingida uma diminuição de 12% até esse prazo.
Ao nível do impacto económico, a OMS alerta que, anualmente, perdem-se 12 mil milhões de dias produtivos de trabalho devido à depressão e à ansiedade.
A organização concluiu também que a reforma e o desenvolvimento dos serviços de saúde mental estão a progredir lentamente, tendo em conta que menos de 10% dos países realizaram a transição completa para modelos de cuidados comunitários.
Os cuidados hospitalares continuam a depender fortemente dos hospitais psiquiátricos, sendo que quase metade dos internamentos ocorrem involuntariamente e mais de 20% duram mais de um ano, refere.
A OMS considera que estes relatórios são ferramentas essenciais para fundamentar estratégias nacionais e para o diálogo global antes da reunião de alto nível das Nações Unidas sobre doenças crónicas não transmissíveis e promoção da saúde mental, que vai decorrer este mês em Nova Iorque.