1. O PRINCÍPIO DA RAZÃO SUFICIENTE À MODA MOÇAMBICANA.

Parece ser para todo o espaço colonizado. Félix Mambucho. Isabel Jorge e Fakir - ambos lembram. Era da vez da AMODEFA. Mambucho, uma das mentes mais cotadas do nosso espaço académico ligou-me e disse: Bahule, temos um trabalho e preciso de ti. A Isabel e o Fakir estarão connosco. Na altura, estava mesmo a precisar! Rumamos para o outro lado da margem da cidade de Maputo.

1.1. A PERGUNTA: Que devemos fazer? Metódico igual a poucos, disse: precisamos elaborar vários roteiros sobre o empoderamento e outras quinquilharias do novo vício dos financiamentos. QUE PATÉTICA ERA A SITUAÇÃO. Primeiro: que linguagem usar. Segundo: o que dizer e como dizer. Aqui, era sobre a medula do propósito. E Logo recordei de uma passagem onde FRANZ FANON, em PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS diz alguma coisa como: tomar posição diante da linguagem. De seguida, eu - caipira, o nativo que pertence a casa, afirmei: é na linguagem que mora o SER como dirá M. HEIDEGGER. Aliás, é nele que busco de empréstimo o conceito ÔNTICO. Nesse breve livro cujo título é: SOBRE A ESSÊNCIA DO FUNDAMENTO, se estende o debate sobre o SER enquanto natureza determinada e não um exercício construído socialmente. Aliás, é desse conceito que nos remete à ideia de verdade e na formulação seguinte: LARANJA É LARANJA. Não importa sua podridão avançada. ISTO É ESSÊNCIA. Aquilo sobre qual uma coisa é o que é, não podendo ser uma outra fora da sua natureza.

1.2. Na verdade, isso leva-me a um outro episódio. Tudo, na tentativa de explicar o momento proporcionado pela AMODEFA. Teresa de Melo Ribeiro. Levantou-se contra os excessos de uma Lei aprovada no dia 15 de Dezembro de 2023. Em Portugal. Uma criança não deve ter um registo, dizia ela sobre a tal LEI. Deveria ser possível quando atingida uma certa maioridade. Enquanto isso, HOMEM & MULHER podem frequentar os mesmos espaços privados para as necessidades biológicas. CONFESSO: ELA TEM RAZÃO. NÃO PIOR GRAO DE SER RIDÍCULO A ESSE. E isso, AMODEFA tinha proposto para fazermos em nome de: [1]. EMPODERAMENTO. [2]. IGUALDADE EM ESCOLHER COM QUEM AS CRIANÇAS SE PODEM RELACIONAR SEXUALMENTE. Isto significa dizer o seguinte: que minha filha pode se relacionar com uma outra menina. Um rapaz tem o pleno direito de se relacionar sexualmente com um outro rapaz. E que isso é direito deles e ninguém se deve opor. [3]. Minha filha pode chegar a minha casa onde e dizer a mim todas as coisas sórdidas. Isso é democracia. E pronto. E ainda, que os activistas deveriam ir para as Escolas venderem esta lógica. Não consegui disfarçar e disse: É SÉRIO QUE ESTAMOS A MATAR A NOSSA CULTURA por que uma certa organização pagou? Eu, moçambicano que sou, não consegui. Porém, mantive-me lá até ao fim. Mas sempre por cima deles. E nunca mais voltaram-me a chamar.

1.3. E se parássemos. Todos. E perguntar: que valores são esses que os "samaritanos" trazem acompanhados pelo dólar? Será que foram pensados tendo em conta a nossa cosmopercepção? [...]. Combater, por exemplo, a POLIGAMIA para cantar vivas as modas da HOMOSSEXUALIDADE, LGBTQUIA+, CISGÉNERO e por aí vai? Esta é a modernidade financiada e imperialista sob o pretexto de chamarem-nos a NÓS & A NOSSA CULTURA, INDÍGENA. ULTRAPASSADA. ULTRAJANTE e etc... etc... etc... e...? São estes os valores que, depois de receber alguns TROCADOS & UMAS PALMADINHAS DO FINANCIADOR, levo para dentro de casa e apresento a família: ESPOSA, DE HOJE EM DIANTE O NOSSO FILHO PODE ABRIAR AS PERNAS PARA O OUTRO HOMEM IGUAL. O importante é que tenham saúde.

1.4. NÃO FOI DIFERENTE DO DMI. Mesma história. Recusei algumas propostas na criação de algums roteiros que colocariam em risco a saúde das mulheres. E, no segundo turno, fui descartado. Tinha aprendido muito do meu pai que era GINECOLOGISTA, sobre a NUCIVIDADE dos métodos Contraceptivos, principalmente, os implantes e as vacinas. Levei comigo estas lições dadas por meu pai ainda em vida. Foram sacudidas. CURIOSO é terem tido estas oficinas proficionais de saúde. AUTÊNTICA DEGENERAÇÃO HUMANA. E hoje, como sempre, acompanho a Énia Wa Ka Lipanga. Leio o que escreve. E tanto que, em seu primeiro livro em BRAILLE, para além de ter escrito uma nota de leitura, no seu livro, apresentei-o na Extinta MINERVA. Excelente iniciativa. Democratizar o saber a partir de um convite ao outro. Um outro, muitas vezes, colocado à margem do motor do saber.

2. SEPULTAMENTO HISTÓRIA E O DESCASO HISTÓRICO

...[...] Importa, no entanto, referir que, em Moçambique enfrentamos um fenómeno silencioso: a não aceitação da cor da pele e do cabelo crespo, sobretudo, entre as mulheresjovens. Esse processo está profundamente ligado à globalização e à imposição mediática de padrões de beleza que tornam nossos traços menos valorizados. [...]...

÷÷÷ Esta passagem, retirada da entrevista da Énia, concedida a Rachel Quintiliano está cheia de descasos de ordem epistemológico. Mas a resposta disso, primeiro, pode ser retira, novamente, das contribuições de Fanon para quem, "existem formas latentes de psicose que se tornam evidentes após um traumatismo".

2.1. QUE PERGUNTA SERÁ ESSA? Que pode ser biscada a partir da evidência pós traumatismo?

2.2. QUE TRAUMATISMO É ESSE? Responderiamos todos: COLONIAL. Sua definição pode ser em duas fases. [1]. Antropológica. [2]. Material. Porém, a primeira, aquela que pode ser, nas palavras de Amarty SEN, UMA AUTÊNTICA ESPOLIAÇÃO DO SER, é a ANTROPOLÓGICA. A mais penosa de todas. A que até hoje - teima em demonstrar sua radiação. Na sua mais acabada concepção, seria: ANULAÇÃO DO SER AFRICANO a partir da fabricação de modelos e impoução de valores do DOMINADOR. É QUEM FOI? Óbvio: COLONO. Aquele que nos negou a humanidade. Doutrinou-nos a SER UMA OUTRA COISA. Isto é: A SERMOS UM OUTRO A PARTIR DA NOSSA PELE. A pensarmos brancos sendo pretos. Um acto de auto-mutilação. Auto-flagelo. E dizer que, a auto-renúncia de nós é consequência de questões da globalização, NÃO. Em PICHÓN, MINHA VIDA E A REVOLUÇÃO CUBANA, Carlos MOORE ajuda na indicação de pistas sobre estas questões de imposição que, hoje, em formas variadas de psicose, retornam reforçadas em outras maneiras de subalternizar as sociedades e culturas africanas como NADA. E se a razão da nossa NOVA GUARDA continuar a passar de lado dos ANAIS DA NOSSA HISTÓRIA, continuaremos a depor descasos.

3. AS EXÉQUIAS DO FUNDAMENTO: DA DOUTRINAÇÃO A TRÁGICA QUESTÃO HUMANA

Sobre questões do DEBATE DO GÉNERO. EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE - já escrevi bastante. Acreditem: o projecto de destruir é forte. Primeiro foi com a doutrinação colonial: largar o nós para parecer o opressor. Alizamos o cabelo. Aliás, ALCY CALUAMBA, é um autêntico exemplo deste flagelo de apropriação do colonizador a partir da doutrinação. Desfilizar os cabelos. A isso, Fabien EBOUSSI-BOULAGA deu nome de CRISE DE MUNTHU. A essa visceral pobreza epistemológica de se auto-subalternizar para caber na lógica do seu patrão, o colono. O igual se adequa no clareamento da pele. Jogamos fora as tradições e as línguas para pertencermos a um outro mundo. Depois da independência, os poucos que colocam a pergunta penosa sobre o fundamento SÃO POLITICAMENTE INCORRECTOS.

3.1. À parte qualquer coisa! Apenas um CONVITE A CONVERSA COLECTIVA sobre QUEM SOMOS!

CONTINUA...

Dionísio BAHULE

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