Prezado Amigo,

Esta é a segunda resposta ao seu texto. Vou deixar de lado toda a parte filosófica e as citações ir directamente ao cerne da questão que parece ser o ponto 4.2:

“O DILEMA DA INCOMPREENSÃO E OS VIVAS DA IDEOLOGIA OCIDENTAL”.

De maneira geral, quem lê sempre pode pensar: “ele tem toda razão”. No entanto, senti um tom de arrogância na sua afirmação em relação à Enia, pelo menos, como eu interpreto.

“…ISSO É UMA PATÉTICA FALTA DE CONHECIMENTO. Uma atitude de VENDER EMOÇÕES”. Afinal, estamos a falar de diferentes pontos de vista, não estamos?

Essa última afirmação pode ser um tiro no pé!

“PENSAR O UNIVERSAL A PARTIR DE RETALHOS.”

“É o que hoje se promove: a ideia de conhecer uma nação a partir da própria perspectiva pessoal. Definir a cultura de uma nação baseando-se em fragmentos. E a agenda deste grupo é vasta…

Não estará a fazer exactamente isso com suas argumentações? No campo da economia, seria uma falácia julgar o todo a partir da parte! É igualmente arriscado utilizar Paulina Chiziane para apoiar, Ela adopta uma postura neutra, tanto mencionando “elas” quanto “eles”. Alguns afirmam que sua escrita é contraditória. Mas esse não é um tema que me compete discutir! Trazer à tona a história sobre como sua obra foi recebida parece-me uma forma conveniente de reforçar o seu ponto de vista.

Vou escrever forma mais clara em outra oportunidade, mas gostaria de acrescentar mais duas coisas. Não sou anti-Venanciano, mas acredito que algumas situações poderiam ter sido evitadas. O poder, realmente, corrompe; quando percebeu que era popular, foi usado de maneira exacerbada e exagerada, com a intenção de moldar o mundo à sua visão.

Lembro de Burkina Faso, Ibraimo Traoré é hoje considerado um herói da África. Ouvi dizer que vai eliminar o francês como língua oficial! Vai iniciar a perseguição a aqueles que tinham outras orientações sexuais. O fato de ele estar agora perseguir está classe, que por causa coincide com a visão do Bahule certamente o faz pensar que ele seja mais Africano, certo?

Lembro que Hitler matou milhares de pessoas com o único propósito de provar que a raça ariana era a mais pura. Vamos voltar para aqui?

Por enquanto, concluo a reflexão aqui. Este poder que temos de ler e escrever deve nos fazer entender que o mundo é multicultural. Somos múltiplos em nossas identidades! Vemos programas de DSTV, degustando vinhos da África do Sul e de Portugal, cervejas de Moçambique, da Holanda e assim por diante. Vestimos tudo que vem da xicalamidade. Vivemos em casas de alvenaria com plantas arquitectónicas de fora.

A pergunta, amigo Bahule, é: de quais retalhos você se serve para construir essa visão de mundo?

Espero que Énia receba esta conversa com agrado e não veja nenhum ataque pessoal. É bom conversar!

Félix Mambucho

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