O glaucoma é uma doença grave que surge na sequência do aumento da pressão intra-ocular que consequetemente pode consistir em perda de visão e da destruição das células ganglionares (nervo óptico), uma estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e responsável pela condução das imagens da retina até ao cérebro.

Em Moçambique, na província de Cabo Delgado, o sector de saúde diagnosticou mais de 320 novos casos no ano passado, segundo uma informação veícula na estação pública. O sector continua a registar muitos casos desta doença, e, destes, 34 em estágio avançado com cegueira completa nos dois olhos, facto que preocupa o Governo, por isso, decorre, neste momento, campanhas de tratamento para corrigir a situação.

Segundo Assane Mundulai, este ano, já foram diagnosticados cinco casos referente ao processo de cirurgia e vai se prolongar por toda semana, no entanto, é importante falar das suas causas, sintomas e tratamentos disponíveis como forma de mitigar a ocorrência frequente dos casos.

Para Mundulai, a hipertensão ocular, a idade avançada – acima dos 40 anos – a diabetes, hipertensão arterial e hipertensão cardiovasculares são alguns factores de risco da doença que caracteriza-se como uma doença silenciosa que afecta os olhos e pode levar a cegueira quando não tratada.

Por outro lado, o oftalmologista Manuel Monteiro Pereira, diz que uma das primeiras causas possíveis, é o aumento da pressão do olho. “Anatomicamente, nosso olho é preenchido por um líquido que permite que enxerguemos. É o humor vítreo, que também pode ser chamado de humor aquoso. Quando há algum problema nele, a quantidade de líquido pode ser elevada e fazer com que o olho sofra um aumento de pressão e acabe prejudicando o nervo óptico”, referiu em seu artigo.

A alteração no fluxo sanguíneo que nutre o nervo óptico, o grande responsável por transferir as imagens captadas pelo olho até o cérebro, para que ele possa analisá-las e possamos enxergar, é tido como a segunda causa do glaucoma, pois, segundo referiu, quando esse nervo não é bem nutrido de sangue por algum motivo pode, aos poucos, perder suas habilidades.

O oftalmologista ressalta que a doença também pode acometer crianças, embora elas não manifestem nenhum tipo de sintoma. “Crianças podem vir a apresentar glaucoma congénito de evolução tardia, que acontece nos primeiros anos de vida, ou glaucoma juvenil, que surge geralmente aos quatro ou cinco anos de idade. Mesmo não havendo sintomas, as crianças também podem sofrer danos no nervo óptico”, frisou.

Em relação ao tratamento, Mundulai disse que o tratamento visa conter a propenção da doença, e Pereira avança que o tratamento tem como objectivo reduzir ou estabilizar a pressão intra-ocular.

O tratamento, pode ser realizado de forma farmacológico (medicamentos para glaucoma) que permite reduzir ou estabilizar a pressão intraocular, não sendo portanto necessário qualquer tipo de tratamento cirúrgico, segundo explicou ao acrescentar que a prevenção e tratamento adequado de doenças crónicas, como é exemplo a diabetes e as suas complicações nos olhos.

Os profissionais, no entanto, dizem que podem necessitar de tratamento cirúrgico de modo a reduzir a pressão intraocular para níveis mais baixos, inferiores normalmente a 22 mmHG.

Glaucoma é a segunda causa de cegueira mais comum no mundo todo e a segunda mais comum nos Estados Unidos de América, onde a principal causa entre negros e hispânicos. Cerca de três milhões de americanos e 64 milhões de pessoas em todo o mundo têm glaucoma, mas apenas metade sabe disso. A doença pode ocorrer em qualquer idade, mas é seis vezes mais comum entre as pessoas com 60 anos.

Soares Comé

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