Esta segunda-feira assinalou-se o Dia Mundial da Leucemia Mielóide Crónica. Sabe em que consiste? Conheça ainda outros tipos e quais as pessoas que acabam por ser mais afectadas.
“A leucemia é um cancro das células mais primitivas da medula óssea – as células estaminais - que são as células que dão origem às células do sangue. A medula óssea é o órgão onde se formam as células do sangue, as células maduras formam-se a partir das células estaminais, que são mais primitivas. Existem vários tipos de leucemia, sendo a mais comum a leucemia linfática crónica”, começa por dizer o ‘website’ da rede de saúde CUF.
“Os tipos de leucemia são agrupados pela rapidez de desenvolvimento da doença e seu agravamento. A leucemia pode ser crónica (piora lentamente) ou aguda (piora rapidamente)”, revela a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Desta forma, no caso da leucemia crónica “as células sanguíneas anómalas ainda conseguem desempenhar a sua função, e uma pessoa com leucemia crónica pode não ter quaisquer sintomas. Lentamente, a leucemia vai piorando; vai causando sintomas, à medida que o número de células tumorais aumenta.”
Por outro lado, na leucemia aguda, “as células sanguíneas são muito anómalas e não conseguem desempenhar as suas funções. O número de células anómalas aumenta rapidamente. A leucemia aguda piora rapidamente”.
Os vários tipos de leucemia
Depois, existe ainda mais diferenças, tudo depende do tipo de glóbulos brancos que são afectados. “A leucemia pode surgir em células linfóides ou em células mielóides. A leucemia que afecta as células linfóides, chama-se leucemia linfocítica. A leucemia que afecta as células mielóides, chama-se leucemia mielóide ou mielogénica”, continua a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Assim, um dos tipos de leucemia é que se assinala esta segunda-feira, leucemia mielóide crónica “É responsável por cerca de 4.400 novos casos de leucemia, todos os anos. Afecta principalmente os adultos.”
Depois, tem ainda a leucemia linfocítica crónica, responsável por cerca de 7000 novos casos de leucemia. “Na maioria das vezes, a pessoa não apresenta sintomas. Esta doença é mais frequente depois dos 55 anos. Quase nunca afecta crianças”. A leucemia linfocítica é tipo mais comum de leucemia em crianças. Já a leucemia mielóide aguda afeta tanto adultos e crianças e pode chegar aos mais de 10 mil casos por ano.
“Há, ainda, outros tipos mais raros de leucemia. No conjunto, são responsáveis pelo aparecimento de 5200 novos casos de leucemia todos os anos”, explica a Liga Portuguesa Contra o Cancro.